
O dia das mulheres, comemorado mundialmente hoje é uma data repleta de história e é uma data marcante para lembrar e celebrar os direitos sociais adquiridos pelas mulheres desde 1911.
Mas será que o dia das mulheres permanece tendo essa mesma essência nos dias de hoje?
Em 1910, Ocorreu o II Congresso de mulheres socialistas. Nesse evento, Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um dia internacional da mulher, sem, entretanto, estipular uma data específica. Zetkin era engajada com campanhas que defendiam o direito das mulheres no âmbito trabalhista. Sua proposta visava a possibilitar que o movimento operário pudesse dar maior atenção à causa das mulheres trabalhadoras.
Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.
O ano de 1917, na Rússia, foi fortemente marcado pelo ciclo revolucionário que derrubou a monarquia czarista. Nesse clima de agitação revolucionária, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, no dia 8 de março, e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique.
Agora sabendo da origem do dia das mulheres, que tal fazer uma reflexão?
A data foi pensada para simbolizar a luta das mulheres contra o sistema que as oprimia.
Hoje embora muita coisa tenha mudado desde o discurso de Zetkin naquele congresso, as amarras que seguram a participação das mulheres de forma plena na sociedade ainda estão lá.
Será que devemos diminuir mais de 1 século de luta a flores e bombons?
Quando um gesto lhe for feito por conta desse dia, se faça uma pergunta:
Como isso isso ajuda a luta das mulheres iniciada por Zetkin e tantas outras mulheres em 1910?